segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Os Influenciadores-Realizadores


Olá!


Analise a citação abaixo:


"Há dois tipos de pessoas que não interessam à boa empresa: 
as que não fazem o que se manda e as que só fazem o que se manda."
(Henry Ford)


Atuando como gestor e com gestores de equipes a cada dia tenho aprendido que há uma sabedoria verdadeira nesta citação: que no equilíbrio pode estar a resposta. Optar pelos extremos de nunca ou sempre, pode trazer consequências indesejáveis.

Compor uma equipe com pessoas que não ouvem direcionamentos pode ser uma insensatez arriscada. Digo isto, mesmo sendo um defensor de ambientes que permitem a livre exposição de ideias e posicionamentos. Acredito que um time deve ter em seus membros, a responsabilidade compartilhada, onde cada divergência venha acompanhada de sua proposta de solução, de menor custo e mais vantajosa para o coletivo, e não somente para o individual.

Ao mesmo tempo é irresponsável formar uma equipe somente como executores sem opinião própria, sem posicionamento definido. Equipes com esta configuração, em geral, têm no comando uma chefia centralizadora e imatura, que não aceita ser contrariada e que, mimada, prefere os que dizem "amém" às suas ordens.

Tenho visto que o melhor perfil é o dos que chamo: "Influenciadores-Realizadores".

Precisamos de pessoas que saibam argumentar, saibam divergir inteligentemente, saibam propor alternativas diferentes das atuais, pois como dito por Eisntein, "insanidade é querer atingir resultados diferentes, fazendo a mesma coisa". A habilidade de influenciar, de expor, de negociar um ponto de vista é a cada dia mais valorizada. Ou seja, cresce-se pouco ao lado dos que aceitam tudo.

Valorizado também é fazer o que se diz. É preciso seguir um método, construir segundo uma orientação, um combinado. Conviver com pessoas que não fazem o que deve ser feito é como algemar-se entregando as chaves ao inimigo. Terrível é conviver com quem não cumpre o que promete, que não segue regras ou combinados.

"Influenciadores-Realizadores" ouvem atentamente a uma missão ou desafio apresentado, certificam-se de que possuem o máximo de informações sobre o caso, sabem fazer boas perguntas, argumentam e propõem alternativas coerentes, e ao formarem o entendimento equilibrado partem para a ação e o fazem muito bem.

Questionadores são bons? Prefiro os influenciadores. Os "faz de tudo" são bons? Prefiro os realizadores.

Ficar questionando tudo é ruim, pouco acrescenta, ao passo que sair fazendo tudo o que se manda também. Ao divergir de tudo e todos você se torna um chato reacionário. Fazer tudo o que mandam te forma um medíocre, que na média trabalha bem, mas não passa disso. 

Perceba que no equilíbrio pode estar a resposta. Para influenciar é preciso saber ouvir, saber perguntar, saber argumentar. Para realizar é preciso seguir o planejado, adotar um método, praticar um direcionamento. Equilibrados apresentam maturidade profissional e emocional. São referências importantes na equipe e na organização, são membros de equipe valorizados e assediados no mercado. 

É preciso ter disposição para aprender isso. Disciplina para ouvir, inteligência para perguntar, coragem para posicionar-se, vontade para fazer, responsabilidade para realizar. E tenho aprendido que isso é para poucos. Nem sempre o sapato, nem sempre o tênis, mas o calçado ideal para cada contexto.

Se você se define questionador ou faz tudo, ou mesmo ambos, respeito sua escolha mas preciso lhe dizer uma coisa: só não reclame do seu salário, pois você corre um risco de avaliarem que você ganha é muito!

Pense nisso!


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